O que muda no diagnóstico noS sistema Arla?

O que muda no diagnóstico noS sistema Arla?

Descubra como funciona o diagnóstico do sistema Arla e quais boas práticas podem evitar falhas nos componentes do sistema de injeção.

O diagnóstico do sistema ARLA (SCR) evoluiu significativamente e exige uma abordagem muito mais técnica e estruturada. A principal mudança está na complexidade do processo de identificação de falhas, que deixou de depender exclusivamente de códigos gerados pelo scanner e passou a exigir uma sequência lógica de testes e análises específicas.

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O que é os sistema ARLA?

Primeiramente, precisamos entender o que é o sistema ARLA (Agente Redutor Líquido Automotivo). Trata-se de uma solução adotada em veículos movidos a diesel para diminuir a emissão de poluentes, especialmente os óxidos de nitrogênio (NOx). Nesse sentido, ARLA 32 é uma substância composta por ureia de alta pureza dissolvida em água desmineralizada que é pulverizada no escapamento do veículo. Desse modo, ao entrar em contato com os gases quentes, provoca uma reação química que transforma os NOx em nitrogênio e vapor d’água, substâncias inofensivas ao meio ambiente.

Assim sendo, esse processo faz parte da tecnologia conhecida como Redução Catalítica Seletiva (SCR), obrigatória no Brasil para veículos pesados a diesel produzidos a partir de 2012. Enfim, confira o que muda no diagnóstico de falhas nesse tipo de sistema.

1. Códigos de falha genéricos

  • Os sistemas SCR não geram códigos de falha precisos que apontem diretamente a causa do problema.
  • Isso obriga o técnico a ir além do scanner e aplicar uma rotina de diagnóstico por exclusão.

2. Diagnóstico por etapas técnicas

  • É necessário seguir uma sequência de testes que inclui:
    • Verificação da eficiência catalítica
    • Análise da qualidade do ARLA 32 (minerais e ureia)
    • Testes em sensores periféricos e sensor de NOx
    • Avaliação da bomba dosadora (DCU) e seus componentes internos

3. Importância da qualidade do reagente

  • O próprio ARLA 32 pode ser o causador da falha, mesmo que todos os componentes estejam funcionando.
  • Testes químicos e refratométricos são essenciais para validar a pureza e concentração de ureia.

4. Necessidade de ferramentas especializadas

  • O diagnóstico exige equipamentos específicos para testar sensores, atuadores, comunicação CAN e dosagem da bomba.
  • Ferramentas como refratômetro, scanner com funções avançadas e simuladores de ambiente são indispensáveis.

5. Análise avançada da bomba

  • A bomba é um componente multifuncional e complexo, com sensores, atuadores e módulo eletrônico.
  • O diagnóstico deve ser dividido em testes via veículo, testes diretos na bomba e inspeção interna dos componentes.

6. Evita substituições desnecessárias

  • A abordagem por eliminação técnica evita trocas prematuras de peças caras como o catalisador SCR.
  • Só após todas as etapas é possível afirmar com segurança qual componente está com defeito.

Em resumo, o diagnóstico dos sistemas ARLA passou de uma leitura simples de falhas para uma investigação técnica detalhada, que exige conhecimento avançado, ferramentas específicas e uma metodologia rigorosa. Sem dúvida, isso eleva o nível de exigência dos profissionais da área e valoriza quem domina essas práticas.

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